JORNET - Jornal Escolar AEJMS

NOTÍCIAS

JORNET - Jornal Escolar AEJMS

HISTÓRIA DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JOSÉ MARIA DOS SANTOS

Out/2021 por Jornet



O Agrupamento de Escolas José Maria dos Santos é fruto de sucessivas políticas educativas. Foi constituído no dia 5 de janeiro de 2005.

Até essa data existiam na freguesia de Pinhal Novo (vila e campo) diversas escolas do Pré-Escolar, Primeiro Ciclo e uma escola de Segundo e Terceiro Ciclos, ambas não agrupadas.

Inicialmente, o agrupamento agregava treze estabelecimentos de ensino. Atualmente agrega dez estabelecimentos de ensino Pré-Escolar, Primeiro, Segundo e Terceiro Ciclos.

- Escola Básica 2º e 3º Ciclos José Maria dos Santos, escola sede do agrupamento.

- EB JI/1º Ciclo Alberto Valente

- EB JI/1º Ciclo Zeca Afonso

- EB JI/1º Ciclo Salgueiro Maia

- EB JI/1º Ciclo António Santos Jorge

- EB 1º Ciclo João Eduardo Xavier

- EB 1º Ciclo da Palhota

- EB 1º Ciclo da Lagoa da Palha

- EB 1º Ciclo de Batudes

- EB JI Vale da Vila

Foi a Escola Básica do 2º e 3º Ciclos José Maria dos Santos que deu o seu nome ao agrupamento de escolas. A sua designação constitui desde 21 de Julho de 1997, através do Despacho nº5850/97 (2ª Série), uma homenagem ao ilustre agricultor, veterinário e político José Maria dos Santos.

Esta instituição de ensino dá atualmente resposta às necessidades de educação aos ciclos de ensino para as quais está vocacionada, cuja finalidade é a de preparar os jovens para serem cidadãos conscientes dos seus direitos, dos seus deveres e do seu papel na sociedade local e no mundo. Tem por missão contribuir para o sucesso escolar e pessoal dos jovens através da prestação de um ensino de qualidade e da sua formação integral, promovendo uma educação para a cidadania ativa e sustentada, privilegiando o rigor e a solidez do conhecimento.


PATRONO DO AGRUPAMENTO



José Maria dos Santos nasceu em Lisboa em 1832 e morreu em 1913. Era filho de um ferreiro (ou ferrador) de Lisboa. Era formado em medicina veterinária.
Após casamento com Maria Cândida Ferreira Braga S. Romão (viúva de Manuel Gomes da Costa S. Romão), passou a gerir as propriedades herdadas pela esposa, às quais veio a acrescentar muitas outras. Transformou-se no maior viticultor português, resultado de uma capacidade de gestão empresarial única na época. Chegou a ser considerado o homem mais rico de Portugal.

Exerceu diversas funções na vida empresarial e política. Teve uma ação fulcral para o desenvolvimento agrícola e a colonização da área de Rio Frio-Poceirão. Recorreu a incentivos para fixação de trabalhadores, ao uso de adubos químicos, à aplicação de novos métodos de cultivo – como a seleção de sementes e o recurso a maquinaria agrícola inovadora (em 1878, tinha 2 máquinas a vapor na herdade da Palma e 10 em Rio Frio), – e à criação de canais de escoamento de produção; aplicou estes métodos nas suas herdades de Rio Frio, Palma e Machados. Nalguns períodos, chegou a ter cinco mil trabalhadores nas suas propriedades, nas quais se produzia sobretudo arroz, sal, vinho, cortiça, gado, legumes e azeite. Foi pioneiro na instalação de telefone nas herdades.

Em Rio Frio plantou seis milhões de cepas nos finais da década de 1890, sendo considerada a maior vinha do mundo em extensão. Terá tido influência quer no traçado da linha férrea Sul e Sueste, quer na criação do ramal do Montijo, uma vez que o transporte ferroviário constituía um meio privilegiado de escoamento das produções das suas propriedades.

O monumento - homenagem dos seus antigos rendeiros, prestada em 1916, conforme se lê na lápide, na praça homónima de Pinhal Novo - é formado por uma alta estrutura de pedra e pelo busto de bronze do benemérito, assinado pelo escultor Costa Motta Sobrinho e tem a seguinte inscrição:

“AO BENEMÉRITO E INSIGNE LAVRADOR JOSÉ MARIA DOS SANTOS
1832-1913”




JORNET - Jornal Escolar AEJMS

 

Top